Apesar de todas as dúvidas ainda existentes, em torno da possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus, alguns casos suspeitos já têm sido investigados pela comunidade científica no mundo.
No Distrito Federal, um caso está sendo acompanhado pelos infectologistas. Uma vendedora de 25 anos relatou que testou positivo para covid-19 em junho deste ano. Teve sintomas leves, e se recuperou. Porém, agora no mês de agosto, ela voltou a ter sintomas e quando fez o teste descobriu que estava novamente infectada pelo coronavírus.
Especialistas ainda acreditam que a reinfecção deve ser considerada como exceção a regra, dada a raridade em que ela ocorre. A infectologista Eliana Bicudo, explicou em entrevista a TV SindMédico, que os casos que estão surgindo pelo mundo, ainda estão sendo amplamente estudados. De acordo com ela, foi feita uma análise da sequência genética do vírus, que mostrou que existem mais de 24 mutações dentro do mesmo componente genético. O esperado pela comunidade científica é de uma ou duas mutações do vírus. Algo acima de cinco, já é considerado um vírus pertencente a outro grupo genético.
Para ter comprovação de um risco maior de ocorrências de reinfecção pelo novo coronavírus, será preciso aguardar mais alguns meses. “ Se a reinfecção vai ser frequente, a gente só consegue dizer em dezembro, por que como o vírus tem só seis meses e o intervalo da reinfecção é depois de 3 ou 4 meses, se imagina que somente no final do ano é que teremos um número considerável”, explicou a infectologista.