Segundo o médico infectologista Julival Ribeiro, estão sendo realizados dois tipos de exames para detecção do coronavírus. O teste molecular RT-PCR e o teste rápido, comercializado em farmácia e utilizado por alguns governos locais para testagem em massa do Covid-19. Na rede privada os testes custam entre R$295 e R$350.
Ribeiro destaca que o teste rápido não deve ser usado para diagnóstico da doença devido à possibilidade de falsos negativos e positivos. “Os testes rápidos são inconclusivos e devem ser usados apenas para elaboração de inquérito epidemiológico, mapeamento da distribuição da doença e construção de políticas públicas no combate ao corona”, declara o infectologista.
O teste molecular RT-PCR é realizado em laboratório com equipamento especializado, por meio de coleta de secreção do trato respiratório, e a confirmação é obtida por meio da detecção do RNA do SARS-CoV-2. O resultado leva algumas horas para ficar pronto e identifica o vírus no período em que está ativo no organismo. É utilizado nos casos em que o paciente apresenta sintomas graves do Covid-19.
Para realizar o exame RT-PCR é necessário ter o pedido médico. A coleta pode ser feita a partir do 3º dia após o início dos sintomas e até o 10º dia, pois ao final desse período, a quantidade de RNA tende a diminuir.
Já o teste rápido analisa uma amostra pequena de sangue e indica se o organismo já teve contato com o agente infeccioso, por meio da presença de anticorpos (IgM e IgG). Esse método é indicado para pessoas que tenham sintomas leves de coronavírus há mais de 10 dias, tenham tido sintomas de infecção pelo vírus há algum tempo e queiram confirmar se a causa da infecção é mesmo da doença e indivíduos assintomáticos que queiram saber se entraram em contato com o Covid-19. O resultado é emitido em minutos.