O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) apoia a realização da II Caminhada pela Vida, que é uma realização da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pela Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), marco da campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio.
Levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, aponta 800 mil casos de suicídio por ano em todo o mundo. No Brasil, os casos chegam a 12 mil a cada ano. Além de se preocupar com a incidência crescente de suicídios nas cidades, os médicos têm que atentar para a gravidade ainda maior do problema em meio aos profissionais da área.
A situação é ainda pior quando os profissionais da medicina são colocados na berlinda. A incidência de suicídios entre médicos é 141% maior do na média dos homens que desempenham outras funções. As mulheres que desempenham a atividade são ainda mais afetadas: o número varia entre duas vezes e meia a quatro vezes mais do que em outros grupos profissionais.
Segundo estudos da Fundação Americana para Combate ao Suicídio, os profissionais da medicina são mais suscetíveis a atentar contra a própria vida do que a população em geral. O estudo se refere à população médica dos Estados Unidos, mas os fatores que levam a essa situação não são estranhos aos brasileiros: altos níveis de estresse; noites mal dormidas; pouca independência na tomada de decisões e a exposição a cargas emocionais extremas. Nos EUA, a cada ano, 300 a 400 médicos cometem suicídio.
Segundo a ABP, é necessária uma estratégia multissetorial e abrangente, com apoio das comunidades e das instituições sociais, políticas e privadas, que devem oferecer apoio às pessoas vulneráveis, lutar contra o estigma e dar suporte àqueles que estão em luto pelo suicídio de alguém próximo.
A II Caminhada pela Vida vai ser realizada no dia 25 de setembro, a partir das 9h, com concentração no estacionamento 12 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek.