Denúncia: Devolução de médicos do IGES-DF para a SES-DF

Em plena segunda onda da covid-19, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) pode perder metade do corpo clínico. No dia 08 de fevereiro, o superintendente interino do HBDF, Jair Tachboury Filho, solicitou aos chefes de unidade listas nominais dos servidores cedidos a serem devolvidos à Secretaria de Estado de Saúde do DF. São os profissionais mais experientes e mais qualificados nos atendimentos de alta complexidade oferecidos pelo hospital.

A medida coloca em risco a manutenção do atendimento adequado dos pacientes da covid-19. Também afeta a continuidade dos atendimentos de alta complexidade nas diversas especialidades, as quais apenas o HBDF oferece no Distrito Federal.

E ainda traz riscos aos programas de residência médica nas diversas especialidades

Aproximadamente 300 médicos residentes serão afetados de imediato. A deficiência na orientação a esses profissionais também terá impacto negativo na assistência aos pacientes. Weldson Muniz Pereira, diretor clínico do HBDF, enviou documento ao Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, no qual aponta os problemas que a devolução criará. Ele também destaca que a escolha dos nomes pelos chefes de unidade fere o princípio constitucional da impessoalidade no serviço público.

Também serão prejudicados os serviços oferecidos pelo Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e Unidades de Pronto Atendimento, sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal.

O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, orienta os médicos do HBDF, do HRSM e das UPAs  a enviar ao sindicato, por meio do canal de denúncias, informações dos prejuízos que a devolução dos profissionais à SES-DF vai provocar à assistência aos pacientes atendidos nessas unidades.

Clique no link abaixo e veja a íntegra do documento enviado ao SindMédico-DF pelo diretor clínico do HBDF.