O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, esteve, na tarde dessa segunda-feira (6), nos hospitais regionais de Santa Maria e do Gama para verificar as condições de funcionamento dos serviços de obstetrícia e neonatologia. Também participaram da visita o presidente do Conselho Regional de Medicina, Jairo Zapata, representantes da Defensoria Pública do Distrito Federal e da Comissão de Bioética, Biotecnologia e Biodireito da OAB-DF.
Por conta do déficit de pediatras e de neonatologistas, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) suspendeu a realização de partos em janeiro deste ano. E o problema acabou se tornando uma bola de neve, já que o Hospital Regional do Gama (HRG) está atendendo, agora, toda a demanda da Região Sul do DF.
Agora, a reabertura do Centro Obstétrico do HRSM – prevista para o próximo dia 13 – depende da contratação de novos médicos neonatologistas. No entanto, se depender do interesse dos inscritos, isso pode não ocorrer. Foram ofertadas 124 vagas de 20 horas semanais para as quais se inscreveram apenas seis candidatos e cinco apresentaram documento para a posse.
Em ambos os hospitais, foi constatado o que os médicos pediatras e neonatologistas já haviam relatado em reunião na sede do SindMédico-DF, no dia 1º de fevereiro: os pacientes estão desassistidos. Com o déficit de profissionais e até mesmo insumos e equipamentos necessários, o HRG acaba não conseguindo atender toda a demanda.
Além disso, em teoria, os partos de alto risco deveriam ser assumidos pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital Regional da Asa Norte deveria assumir parte dos habituais. Mas, isso não ocorreu na prática.
“O problema que ocorre nos hospitais do Gama e de Santa Maria não é novo. Mais uma vez, deixaram chegar a uma situação limite para tomar uma decisão paliativa, ineficaz e insatisfatória para os profissionais e para os pacientes”, afirmou o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.