Entrevista do presidente do SindMédico-DF ao Agenda Capital

O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, concedeu entrevista ao site político Agenda Capital e fez críticas severas à gestão da Saúde do go-verno Rollemberg. A chamada gestão compartilhada, que não é nada mais do que uma terceiriza-ção da gestão da Saúde, é o único objetivo do governador, que tem usado secretários como palitos fósforo, queimando um a um para, aos poucos, avançar no seu projeto. Nessa carreira, deixa de lado pacientes que sofrem e morrem nas emergências dos hospitais e esconde informações bási-cas, como as próprias estatísticas de produção das unidades de Saúde.
Veja um trecho da entrevista e leia a integra no Agenda Capital.

AC – O governo em recente entrevista aos órgãos de imprensa, declara que em até 45 dias depois da implantação das “OSs”, a população vai sentir as melhorias no sistema de Saúde Pública do DF. Como o senhor avalia esta declaração?
Gutemberg – Esta declaração do governador ou do Secretário de Saúde, dá a impressão que um ou outro tiveram um “surto”, tiveram um “delírio”. Ninguém vai resolver o problema de saúde no DF em 45 dias. Vai levar anos. Nós precisamos no momento, é que o governo apresente um plano emergencial para resolver o problema que é grave, que ocorre nas emergências dos hospitais.

AC – Desde que o governo Rollemberg assumiu o DF, 04 secretários já passaram pela Secre-taria de Saúde, e até hoje não vimos melhorias na gestão. A culpa é do governo, dos gesto-res ou do modelo de gestão?
Gutemberg – Estas constantes mudanças de gestores são preocupantes, porque você não tem uma linha de continuidade nas políticas públicas de saúde, e demonstra que Rollemberg, não tinha um plano de governo para a área, ou se teve, não foi implementado. Em curto espaço de tempo vários secretários já passaram pela pasta, e não conseguiram melhorar os indicadores de saúde, pelo contrário, eles só pioraram. Na realidade, o secretário atual, Humberto Fonseca, está sendo instrumentalizado pelo governo, para tentar destruir o modelo atual, a fim de implantar as “Organiza-ções Sociais” no Distrito Federal. Mudar simplesmente o modelo de gestão, não vai alterar em nada, muito pelo contrário. Para você ter uma ideia, recentemente o vereador Paulo Pinheiro, do Rio de Janeiro, que foi diretor do hospital Miguel Couto, mostrou aqui no Sindicato dos Médicos, com dados e indicadores, o gasto que está sendo utilizado pelas “OSs”, no Rio de Janeiro, e que hoje até para rescindir o contrato, está difícil, porque o sistema público de saúde no Rio, está tão precário, depois do gerenciamento através das “OSs”, que vai levar um bom tempo para recuperar. Na realidade o governo na ânsia de trazer as “OSs” para o DF, desconhece o que ocorre no restante do País, usa um discurso demagógico e mente para a população.

Leia a entrevista completa no Agenda Capital.

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