A exoneração da médica Adriana Carballo da chefia da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) para pacientes graves infectados pela covid-19 em plena escalada de infecções e mortes provocadas pelo novo coronavírus acende um alerta entre os profissionais da saúde. O fato motivou o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) a publicar uma carta aberta na edição do Correio Braziliense , nesta terça-feira.
“Não se trata de um cargo político. Foram os posicionamentos técnicos da médica, que cobrava condições mínimas para a abertura de novos leitos na unidade que levaram o governo a destituí-la da função. Quem perde com esse tipo de postura da gestão são os pacientes”, aponta o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, ao lembrar que o sindicato e as demais entidades médicas têm feito sugestões e cobrado respostas ao governo.
Além de leitos de UTI, faltam EPIs no combate à covid-19 no DF
Nessa nota, o SindMédico alerta para o fato de que as preocupações dos intensivistas do HRAN reverberam pelas demais unidades públicas de saúde do Distrito Federal, onde a queixa pela baixa quantidade de equipamentos de proteção individual se repete com frequência.
O SindMédico também cobra maior transparência da Secretaria de Estado de Saúde do DF em relação ao combate à covid-19. No caso dos EPIs, por exemplo, a Subsecretaria de Logística da SES se limita a registrar “com estoque” e “sem estoque”.
A falta desses equipamentos pode provocar o adoecimento dos servidores de saúde, torná-los transmissores da doença e afastá-los do serviço, provocando desassistência em momento crítico para a população do DF.
O site do SindMédico tem uma área própria para que os médicos denunciem os problemas nas unidades de saúde em que atuam. Clique aqui para acessar o formulário.
Veja abaixo a nota publicada no Correio Braziliense.