Greve dos médicos completa uma semana com manifestação na CLDF

Greve dos médicos completa uma semana com manifestação na CLDF

Brasília, 9 de setembroNo sétimo dia da greve da categoria, médicos do SUS-DF se reuniram em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal. O som da Bateria Insana, dos estudantes de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), deu o ritmo à manifestação na CLDF, onde os médicos entoaram palavras de ordem em defesa do Sistema Único de Saúde e pela valorização profissional.

Na Câmara Legislativa, o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, acompanhado do vice-presidente, Carlos Fernando, e de integrantes do comitê de mobilização, foi recebido pelo presidente da Casa, Wellington Luiz, e líderes dos partidos. Dr. Gutemberg entregou ao presidente da CLDF a proposta de recomposição salarial e as demandas da categoria.

“Os deputados distritais se comprometeram a fazer a interlocução com o GDF, para que se sentem à mesa de negociações com os médicos”, informa Dr. Gutemberg. O presidente do Sindicato entregou as propostas e reivindicações da categoria ao secretário de Estado de Economia, Ney Ferraz, na terça-feira (3).

Os principais pontos da lista de reivindicações dos médicos são por melhorias nas condições de trabalho e de assistência à população, contratação de novos médicos para recomposição do quadro do serviço público de saúde e recomposição salarial.

Da mesma forma pacífica com que foi realizado o ato na porta da CLDF, os médicos atravessaram o Eixo Monumental e realizaram uma manifestação relâmpago em frente ao Palácio do Buriti, onde entoaram palavras de ordem em defesa do SUS, pela valorização dos médicos no serviço público do DF e cobraram a apresentação de uma contraproposta do governo.

O movimento reivindicatório continua ganhando força, com mais adesões a cada dia.  A paralisação na atenção primária ultrapassa 90% (com apoio de participantes do Programa Mais Médicos, inclusive) e 30% de funcionamento nos serviços ambulatoriais da atenção secundária. Os serviços de emergência e urgência não foram afetados pela paralisação e continuam funcionando com a precariedade habitual. Amanhã, à tarde, os médicos se concentram em frente ao Hemocentro de Brasília, na Asa Norte, das 14h às 16h. De lá, eles caminham para a sede da Secretaria de Estado de Saúde, para mais uma manifestação. À noite, eles se reunirão para nova assembleia na sede do SindMédico-DF.