Três integrantes da Comissão de Educação, Saúde e Cultura se posicionaram contra terceirização. Relator, que é a favor, falta reuniões em ambiente desfavorável.
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Nesta quarta-feira, pela segunda vez, o deputado Juarezão deixou de comparecer à reunião da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa, na qual é o relator do Projeto de Lei (PL) 1.486/2017, pelo qual o governo Rollemberg pretende transformar o Hospital de Base em serviço social autônomo privado. Opositores do projeto e base governista estão medindo espaço e contando os prós e os contras.
O presidente da comissão, deputado Wasny de Roure, explicou às pessoas que compareceram à reunião para acompanhar essa votação que, não poderia tirar a matéria da pauta. E o deputado Raimundo Ribeiro alertou que, pelo fato de tramitar em regime de urgência, mesmo não sendo apreciada na reunião normal da CESC, a matéria pode ser votada – sem a devida análise – durante uma sessão plenária.
“Por isso é indispensável que vocês e todos os que vocês puderem trazer encham a galeria do plenário nos próximos dias”, afirmou o deputado, considerando que a ausência dos dois deputados do partido do governador pode ser uma manobra para evitar a votação na CESC, onde o governo não tem votos para aprovação. Ribeiro também lembrou que a deputada Celina Leão apresentou requerimento à mesa diretora da CLDF para que a matéria também seja submetida à Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) antes da votação em plenário.
Descontente com o procedimento do relator, Wasny afirmou que conversará como presidente da Casa, deputado Joe Valle, e que pretende botar o relatório de Juarezão em votação na próxima reunião da CESC com ou sem a presença dele.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, acompanhou a sessão e, à tarde, o vice-presidente, Carlos Fernando, com outros sindicalistas, percorreu gabinetes de parlamentares para apresentar os argumentos que mostram o quanto é prejudicial o projeto do governo. “Estamos em sobreaviso. A qualquer momento teremos que lotar a galeria da Câmara Legislativa para tentar evitar essa privatização do Hospital de Base”, conclama o presidente do SindMédico-DF. Não houve quórum na sessão desta quarta-feira.
Veja a declaração do deputado Wasny de Roure.