A equipe de trabalhadores e as instalações da Unidade de Pronto Atendimento do Recanto das Emas foram alvo de violência inaceitável nesta segunda-feira, 22. As agressões físicas e o vandalismo, além de inviabilizar o atendimento, levaram pânico a pacientes e acompanhantes que estavam na unidade de saúde.
Quando inaugurada, em 2012, a UPA do Recanto das Emas tinha, na entrada, uma placa que garantia atendimento rápido, mas essa promessa não se realizou. Com déficit generalizado de médicos e demais profissionais de saúde em toda a rede pública, a demora no atendimento gera revolta e a violência tem se tornado rotina.
Os problemas estruturais e de gestão da rede pública de saúde do Distrito Federal geram condições inadequadas de atendimento e de trabalho, demora na assistência, adoecimento de profissionais, esvaziamento dos quadros de profissionais de saúde e a insatisfação dos usuários do SUS no DF.
Há muito tempo denunciamos esses graves problemas e as situações de conflito e perigo que eles representam para a população e para os trabalhadores da Saúde. Ainda assim, nada justifica o uso da violência.
A culpa não é dos profissionais de saúde, mas da má gestão e da falta de compromisso do GDF com a Saúde.