O Governo do Distrito Federal, determinou, por meio do decreto 40.939, do dia dois de julho, o retorno de atividades educacionais presenciais, a partir de 27 de julho de 2020. A decisão provocou dúvidas e insegurança na população, uma vez que a pandemia do coronavírus ainda apresenta crescimento. Este seria um momento seguro para o retorno?
O presidente da Sociedade de Pediatria do DF (SPDF), Dennis Alexander Burns, diz que não, em declaração feita durante entrevista à TV SindMédico, na terça-feira (14). “Cada criança infectada transmite o vírus para três pessoas. Isso devemos considerar de maneira sólida, para podermos tomar atitudes bem coerentes com o momento que vivemos. Portanto, o que eu advogo neste momento, não é que as crianças não voltem para a escola. É que voltem para a escola daqui a algum tempo, quando essa curva de óbitos ou de contaminados começar a descer. Talvez daqui a um mês ou um mês e meio, dois”, afirmou o pediatra.
Conselho de Saúde é contra a retomada das atividades no DF
O Conselho de Saúde do Distrito Federal, também se posicionou contra o retorno das aulas neste momento. Em decisão unânime, os conselheiros emitiram uma resolução, no dia 14 de julho, contrária a retomada completa das atividades e do comércio no Distrito Federal. No documento apresentado, eles defendem que o governo local mude a política implantada no combate ao novo coronavírus. “O governador encaminha essa abertura justamente no momento em que Brasília se aproxima de mil mortos, em que tanto a rede pública quanto a privada estão completamente colapsadas, passando de 100% de ocupação várias vezes na semana. Então, o conselho se manifestou através de uma resolução, que é o instrumento de maior poder do conselho. Não é comum que o conselho de saúde emita resoluções, mas, diante da gravidade do momento que a gente está vivendo, os conselheiros acharam necessário”, declarou Rubens Bias, que é conselheiro e membro do Comitê de Acompanhamento da covid.
Mesas lotadas na retomada dos bares
Na noite da última quarta-feira (15/07), data imposta pelo GDF para reabertura de bares e restaurantes, alguns locais tiveram grande movimento. Estabelecimentos do Plano Piloto e de Taguatinga, com apenas 50% dos espaços liberados em respeito a regra de dois metros de distância entre as mesas, ficaram com os salões lotados.
Veja, abaixo, a opinião de Dennis Burns sobre a retomada das aulas presenciais: