O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) está participando ativamente dos esforços de combate à Pandemia Covid-19. Informações e entrevistas para orientar a comunidade médica e a população em geral têm sido produzidas e veiculadas, recomendações técnicas conjuntas com as demais entidades médicas foram feitas à Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF), ao governador e à presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal. Também tem se empenhado em dirimir as dúvidas e acolher as queixas e demandas dos médicos sindicalizados. Quando necessário, tem verificado a consistência delas in loco. Em especial, neste momento, no que diz respeito ao fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Por isso, nesta terça-feira (24), o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, esteve no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 e na Unidade de Ponto Atendimento (UPA) de Sobradinho II. Uma semana antes, no dia 17, foram visitadas as UPAs do Núcleo Bandeirante e de Ceilândia, a Policlínica e a UBS que funcionam no antigo Centro de Saúde 8 e o hospital regional desta última cidade.
No HRAN, recebeu informação dos profissionais de que há preocupação com os estoques dos equipamentos, mas que não tem. A unidade está passando por ajustes na estrutura física para concentrar todo o atendimento os pacientes infectados no andar térreo, inclusive os casos de internação em Unidade de Terapia Intensivo (UTI). Esclarecimentos foram feitos pelo superintendente da Região Centro de Saúde, Carlos Ferreira Portilho. Foi o mesmo cenário encontrado em visita ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) no dia 17 de março.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Sobradinho II, viu que servidores tiraram dinheiro do próprio bolso para adquirir macacões impermeáveis e botas plásticas, além de fazer artesanalmente protetores faciais usando elástico, folhas de acetato e garrafas pet. Preocupados com a população, os servidores da unidade entraram na campanha que tomou as mídias sociais nas quais profissionais segurando cartazes com os dizeres “nós estamos aqui por vocês. Por favor, fiquem em casa por nós”.
Na Unidade de Ponto Atendimento (UPA), sob a gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), a informação é de que os EPIs estão sendo distribuídos com parcimônia. Há divergência de entendimento entre os servidores sobre o tipo de máscara, cirúrgica ou N95, que devem ser usados. O presidente do SindMédico-DF também viu servidora atendendo paciente usando máscara cirúrgica, mas sem capote – o que a gestora da unidade disse ser motivo frequente de advertências a servidores.
Em todas as três unidades de saúde, o movimento era fraco, o que demonstra que as pessoas, em geral, estão observando o isolamento social para evitar contaminação pelo Covid-19.
“Se foi um fato isolado ou não a falta de uso do capote na UPA, o fato é que os servidores da saúde devem usar o material de proteção no atendimento aos pacientes tanto para se proteger quanto para evitar ser vetor de contaminação de outros pacientes ou das pessoas de seu convívio pessoal”, aponta o presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho.
Na UPA, Dr. Gutemberg foi surpreendido por uma ligação do secretário de Saúde Francisco Araújo Filho feito para a chefe da unidade, se queixando da presença do líder sindical na UPA. O presidente do SindMédico-DF deixou claro ao secretário que as visitas às unidades de saúde para verificação das condições de trabalho são ações de ofício e obrigação do sindicato na defesa dos interesses e direitos dos médicos e que o sindicato não vai se furtar de cumprir seu papel.
“Especialmente neste momento crítico de pandemia, o sindicato está ao lado dos médicos e procura desenvolver ações para que as justas demandas da categoria sejam ouvidas e atendidas pela gestão, para que os gargalos da assistência sejam melhor equacionados, para que não se disseminem boatos e notícias falsas ou equivocadas e para que os médicos sintam-se seguros, com informações e equipamentos adequados, para oferecer seu melhor serviço aos pacientes”, afirma Gutemberg Fialho. “É interesse comum dos profissionais e suas entidades representativas, da população e da gestão que as condições e o clima de trabalho sejam os melhores possíveis para a superação do atual momento. É com isso que o secretário deve se preocupar, como nós nos preocupamos”, finaliza o presidente do sindicato.
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