O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal entregou ofício ao secretário de Saúde Osnei Okumoto e representação ao Ministério Público do Distrito Federal em que registra a surpresa e indignação da entidade e dos médicos que atuam em ambulatórios, consultórios e clínicas particulares em função da carta circular Circular n.º 1/2021 – SES/SAA/CGVAC-COVID 19, de 25/01/21, na qual a Secretaria de Estado de Saúde do DF prioriza a vacinação contra a covid-19 de servidores que atuam em áreas administrativas, não expostos ao contato com pacientes, portanto, menos expostos ao risco pela característica de sua atuação profissional.
Essa medida afronta o Informe Técnico do Ministério da Saúde para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, de 19/01/21, o qual define claramente que a priorização dos grupos a receberem as doses das vacinas disponíveis se definem por critérios de “exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença” e que o escalonamento desses grupos se dará conforme a disponibilidade de doses de vacina.
O sindicato também solicitou ao secretário a divulgação do calendário de vacinação de médicos que atuam em ambulatórios, consultórios e clínicas particulares e a participação de representante do sindicato no Comitê Gestor de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 no sentido de avançar na lisura e transparência nas definições dos grupos incluídos nas novas fases de vacinação, observados os critérios epidemiológicos.
“A orientação do Ministério da Saúde é clara em apontar os critérios de exposição e risco de morte para a definição dos grupos prioritários. É inadmissível que os profissionais que estão atendendo pacientes, mas expostos do que quem trabalha em área administrativa, seja preterido”, enfatiza o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho.