A suspensão da alimentação aos servidores dos hospitais públicos do Distrito Federal atendidos pela Sanoli está criando mais uma dificuldade em meio ao caos já enfrentado na Secretaria de Saúde.
Os profissionais da saúde trabalham em esquema de plantão que pode ser de até 12 horas diárias. O intervalo para alimentação é obrigatório, mas curto, para não prejudicar o atendimento aos pacientes. “Com os refeitórios fechados, o que fazer? Os médicos, os enfermeiros, os técnicos e auxiliares vão abandonar o plantão ou vão simplesmente passar fome?”, questiona o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho.
Alguns hospitais sequer têm fornecedor de refeições em condições sanitárias aceitáveis nas imediações. “Além de atrapalhar os esquemas de atendimento, o peso no bolso dos servidores com salários mais baixos cria mais insatisfação. As condições de trabalho já são ruins e passar fome só piora tudo: a saúde, a produtividade, até o humor”, critica. “A Secretaria de Saúde tem, no mínimo, que determinar como devem proceder os servidores nessa situação”, cobra Gutemberg.