A Circular 034/2017, de 24 de maio, da SES/DF, mandou abrir leitos de UTI bloqueados para os feridos no conflito ocorrido entre polícia e manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Por que não se pode abrir esses leitos para quem espera na fila de leitos?
Em novembro de 2016, tivemos um protesto violento contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que limita os gastos públicos durante 20 anos, na Esplanada dos Ministérios, com a participação estimada pela Polícia Militar em 6 mil pessoas. O evento começou com 600 PMs escalados e terminou com 2,5 mil. Oito policiais ficaram feridos e atendidos no Hospital de Base e 88 manifestantes foram presos.
No último dia 24, em novo protesto, desta vez contra as reformas da previdência e trabalhista, repetiram-se as cenas de violência. A organização previa, e depois confirmou, a participação de creca de 100 mil pessoas. A imprensa noticiou que polícia avaliou primeiro em 25 mil, depois 35 mil, depois 45 mil. Mas o efetivo mobilizado foi de 1,45 mil policiais militares e 100 civis. O saldo foi de sete ministérios depredados, 49 feridos, sendo que 8 deles são policiais e oito manifestantes presos.
Esse números mostram que não foram montados esquemas de Segurança nem de Saúde adequados para um desastre previsível como o ocorrido na última manifestação. Conversamos com o diretor do SindMédico-DF e representante do Sindicarto no Conselho de Sáude do DF e com o presidente do CSDF, Helvécio Ferreira, sobre esse assunto e, especificamente, sobre a Circular 034/17.