A primeira fase de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal começou, mas com um número insuficiente de doses, e está sendo disponibilizada nos hospitais públicos da cidade a um número de pessoas ainda mais restrito do que o inicialmente previsto no Plano de Vacinação contra a Covid-19 da Secretaria de Saúde do DF.
As 106 mil doses existentes são suficientes para apenas 53 mil pessoas, muito menos que as 190 mil previstas para a primeira fase e um número pequeno comparado a uma população que ultrapassa 4 milhões de indivíduos no DF e na Região Metropolitana. É um número ínfimo. Portanto não vai ter efeito epidemiológico relevante.
Enquanto não houver vacinas suficientes, o vírus vai continuar se disseminando e ceifando vidas. Portanto, é indispensável manter a tranquilidade e continuar adotando os procedimentos de prevenção ao contágio – usar máscaras e higienizar as mãos, manter o distanciamento social e evitar aglomerações – até que venha a imunização em massa.
Essa escassez de vacinas nos remete ao início da pandemia, quando a preocupação era a falta de leitos de UTI e respiradores para o atendimento à população e de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde. Sem doses de vacina para imunização em massa, a ênfase no combate à pandemia continua no ponto de proteger os profissionais da linha de frente e preservar as pessoas nos grupos de risco mais suscetíveis a desenvolver quadros mais graves da covid-19.
A vacinação iniciou, mas a pandemia não acabou.
Veja a circular da SES-DF que determina os grupos prioritários da vacinação no DF.