XIII ENEM destaca importância da participação médica na política

Organizado pela FENAM, CFM, AMB e FMB, evento voltou à agenda dos médicos e é um dos maiores encontros da classe do país

O presidente interino do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Carlos Fernando, participou do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), na Associação Médica de Brasília (AMBr), nos dias 26 e 27. Ao todo, mais de 300 médicos e representantes da classe de todo o país reuniram-se para discutir os rumos da saúde no Brasil. O evento marcou o reencontro da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Médica Brasileira (FMB) e ressaltou a importância da participação médica na política.

 “Além de dar rumo aos passos a serem tomados nos próximos anos, no que diz respeito à medicina e à saúde, tanto pública quanto suplementar, o ENEM, com toda a certeza, foi um marco no sentido de mostrar aos médicos que precisamos, sim, sermos atuantes na política. Precisamos de representantes nos palcos políticos para levar adiante tudo o que foi debatido e definido aqui, nestes dois dias de encontro”, salientou o presidente interino do SindMédico-DF, Carlos Fernando.

Formação Médica

No primeiro dia do encontro, na terça-feira (26), após a abertura e o discurso de todos os representantes das entidades que apoiaram a realização do XIII ENEM, o primeiro eixo do evento começou a ser debatido: Formação Médica – Graduação, Pós-Graduação e Exames de Avaliação para o Exercício Profissional. Sobre o assunto, os palestrantes que falaram ao público demonstraram preocupação com a quantidade de escolas médicas no Brasil: hoje, são 304, oferecendo, 29 mil vagas apenas no primeiro ano de curso.

Falaram sobre o tema “Formação Médica” o conselheiro federal, Lúcio Flávio Gonzaga; o vice-presidente da AMB, Diogo Leite Sampaio e o  representante da Fenam e presidente do Sindicato dos Médicos de Governador Valadares, Adhemar Dias de Figueiredo Neto.

Segundo dia

Na quarta-feira (27), o ortopedista Carlos Alfredo Lobo abriu o ciclo de palestras  com o tema “ANS e a Assistência Médica”. Segundo ele, desde que foi estruturada, a agência atua muito mais em prol das operadoras dos planos de saúde do que dos médicos prestadores de serviços e dos próprios usuários.

Em seguida, o membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho, falou sobre “Financiamento” e mostrou que, de 2003 a 2017, o Ministério da Saúde deixou de aplicar R$ 74 bilhões no SUS.

Na palestra sobre “Modelos de gestão”, o representante da Federação Médica Brasileira (FMB), Eduardo Santana, ressaltou que “até hoje, os modelos apresentados (de gestão do SUS) foram maniqueístas.”

Futuro

As decisões tomadas no XIII ENEM serão agrupadas e irão compor um documento, que será enviado aos médicos, às autoridades e aos candidatos nas eleições aos cargos majoritários (presidente, governador e senador) e proporcionais (deputados federais e estaduais ou distritais) deste ano.