Na próxima quinta-feira (16), o tema será “A participação do médico na política”
Segundo palestrante do I Seminário SindMédico, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Medicina (FPMed), Hiran Gonçalves (PP-RR), falará, em sua apresentação, sobre a participação médica na política. O evento ocorre na próxima quinta-feira (16), a partir das 20h, no auditório do SindMédico-DF.
Em entrevista ao SindMédico-DF, o parlamentar adiantou que há, hoje, no Congresso mais de 1,2 mil Projetos de Lei de interesse da classe médica. Contudo, ainda assim, a participação desses profissionais na política é pequena: menos de 10% dos deputados eleitos são médicos. E, por isso, aponta, “precisamos, cada vez mais, fazer com que esse grupo cresça”.
Confira, abaixo, a entrevista completa com o deputado Hiran Gonçalves:
Deputado, o tema da sua palestra “A participação do médico na política” diz respeito diretamente às decisões tomadas contra ou a favor da classe. Analisando por esse prisma, como o Sr. avalia a relevância do tema para os médicos?
A participação do médico na política ainda é muito modesta. Em especial, se considerarmos que temos 460 mil médicos no Brasil e a nossa representação no Congresso Nacional ainda é de menos de 10% dos parlamentares. Nós temos muitos médicos que não têm o apoio do movimento médico.
E como isso pode ser revertido?
Acredito que nós precisamos participar mais, nos comprometer. E, além disso, temos um número grande de médicos abnegados que, nas suas atividades sindicais, associativas e conselhais defendem os interesses da Medicina e da boa prática.
Como tem sido o trabalho da FPMed neste sentido? De chamar o médico para o envolvimento político?
O nosso trabalho, e eu como presidente da Frente Parlamentar da Medicina, é tentar fazer com que as nossas aspirações tenham um caminho positivo dentro do parlamento brasileiro. Transformar isso em realidade por meio das prateleiras que temos, no aspecto das iniciativas. Nós precisamos, cada vez mais, fazer com que esse grupo cresça. E acho que, através de todas as nossas entidades que têm algum tipo de trabalho nesse sentido, estamos tentando unir mais nossas forças, para que possamos tornar nesse movimento mais harmonioso e sinérgico. Estou muito otimista em relação ao aumento da participação da classe nas questões da política médica do Brasil.
Agora, quais são as pautas, no Congresso, que dizem respeito diretamente à classe?
No Congresso Nacional, temos mais de 1,2 mil Projetos de Lei de interesse do movimento médico. Mas, para sintetizar, eu diria que nós temos que concentrar nossas forças naquilo vem do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM): a carreira médica de Estado, a não proliferação de novas novos cursos de medicina e temos ainda algo que vai estar em debate na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) agora que é o Revalida. Ela passou na Comissão de Seguridade Social, pela Comissão de Educação e, agora, é terminativo na CCJ, onde eu serei o relator. Vamos tentar, portanto, relatar o projeto da maneira como ele veio dessas duas comissões e da forma como foi discutido amplamente com o movimento médico. Ele está redondinho para ser votado. Vamos só ter de observar a resistência de alguns partidos que deixaram esse projeto dormindo na Comissão de Seguridade Social durante sete anos.
Na avaliação do Sr., dentro desse contexto, qual é o papel das entidades representativas dos médicos?
As entidades são fundamentais. O mais fundamental ainda é que a entidade concentre esforços e façam com as coisas aconteçam de forma coordenada, de forma harmônica. Digo isso porque, quando nós nos interessamos por caminhos distintos, nos enfraquecemos. De forma que eu acho que o trabalho da FPMed, da AMB, dos conselhos, dos sindicatos deve estar sempre sintonizado. Para que nós possamos concentrar nossa força em determinadas pautas. Só assim é que as coisas vão caminhar melhor.
Deputado, o Sr. pode nos contar o que os médicos devem esperar da palestra?
Acho que a palestra será extremamente produtiva. Lá, vamos conseguir tirar dúvidas, esclarecer e mostrar um pouco do trabalho das entidades que representamos.
I SEMINÁRIO SINDMÉDICO:
Palestra: A participação médica na política
Quando: 16/05 (quinta-feira)
Horário: 20h
Local: Auditório do SindMédico-DF
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